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AFETIDADE NA EDUCAÇÃO.
1.0 O QUE É AFETIDADE
É possível entender afetividade como sendo a capacidade de se valorizar como pessoa.
Qualquer valor tem suas raízes afetivas, pouco importa se anteriores a qualquer reflexão, só vale para nós aquilo que nos afeta, o que pode nos aperfeiçoar-nos, ligar-nos afetivamente.
Percebemos que tudo o que necessita de vida afetiva como base pode tornar-se frágil e sensível.
A fragilidade de uma convicção, a fraqueza de uma vontade, a debilidade de educação, intelectual, moral e religiosa só se explica por atividades sem base afetiva.
Para uma idéia ou propósito serem naturais ao homem precisam nascer da afetividade, ou desperta –la.
O desenvolvimento pessoal supõe uma harmonia crescente entre reflexão, liberdade e afetividade, que se não aparecer pode causar recalques afetivos, onde a pessoa pode se sentir insegura, revoltada com aquilo que está à sua volta, depressiva, acreditando que ninguém a ama, por estes motivos a afetividade torna-se uma vivência fundamental de cada minuto da vida humana, na medida em que se conclui que a vida perde a graça quando nada mais nos afeta.
A afetividade tem então grande tarefa para tornar o homem consciente de sua realidade mais profunda e verdadeiramente valiosa. Focalizando que todos os nossos aspectos emocionais do dia a dia vêm encontrar se único sentido na personalidade de cada um, pois todos nós ansiamos pela descoberta contínua do que somos e da forma com que projetamos no mundo.
Todos nós possuímos direitos deveres quanto à afetividade, a criança por exemplo, que sente seus direitos irreconhecidos continuará a cobrá-los durante sua vida adulta, vivendo em constante procura de sua afetividade.
1.1 Exigência Infantil
A criança que é amada descobre nela suas potencialidades pessoais, transcende o ser físico e o social para atingir aquela essência, que permanecerá nela até o fim da vida, sua potencialidade de tornar-se “pessoa”.
É perceptível que ao não Ter tido o direito de ser amada, reconhecida, a criança passará a vida inteira a exigir estes direitos, inutilmente, porque se trata de uma exigência infantil, normal na criança, mas impossível no adulto, pois a definição de adulto é de que ele merece amor, e merece ser amado, por se haver desenvolvido bastante para isso.
Muitas pessoas chamadas revoltadas, não passam de crianças grandes descontentes com tudo.
Muitas vezes a revolta de origem infantil acrescentam-se aos motivos adultos, que não são raros, legitimam moral e socialmente, na afetividade, porém esta revolta continua sendo brado pelo amor incondicional.
1.2 Somos Afetivos?
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A afetividade desempenha um papel de relevo em nossa vida. Somos afetivos por natureza e respondemos afetivamente a todo contexto de nossa existência. De boa maturação e feliz desempenho de nossa afetividade dependem em grande parte da realização vital e felicidade pessoal.
Pelas nossas reações podemos perceber com consistência o sentido que tem para nós, nosso próprio universo pessoal, o outro e as extremidades.
Nossos afetos dão origem a toda uma dinâmica de união ou de repulsa real.
1.3 O que é Emoção?
A emoção refere-se aos estados de alegria, amor, orgulho, divertimento, enfim, estados que agradam o sujeito. Já os estados que não parecem tão agradáveis como, raiva, ciúme e medo, são estados que o indivíduo tenta eliminar fugindo da fonte.
As emoções são exemplos de coisas fictícias, as quais comumente atribuímos a comportamento.
A expressão emocional pode ser benéfica para a saúde tanto física quanto psicológica. Por isso é tão necessário e importante que sejam trabalhadas desde a infância, pois os estados emocionais são antes de tudo estados de alerta.
Se a criança apresenta-se melancólica, pode ser um aviso de como foram trabalhadas as suas emoções.
Na realidade, é a intensidade do som afetivo que faz com que o estado seja afetivo.
Segundo Krech ( 1968 p.292), “os estados emocionais chamados disposições, dão um colorido afetivo a toda a nossa experiência emocional momentânea”.
1.4 Desenvolvimento Emocional
A expressão emocional como qualquer outro comportamento complexo desenvolve-se através da maturação e da aprendizagem. Toda a criança chora quando nasce e, na medida que cresce seu sorriso vai se tornando espontâneo quanto o seu choro. Ela nasce com capacidade de chorar no entanto, a capacidade de rir vem com a maturação.
À medida que a criança vai crescendo, ela aprende a chorar com finalidade de poder chamar a atenção, para ganhar a simpatia, ou aprende a inibir suas lágrimas, algumas vezes quando sente que vai chorar. A criança precisa aprender não só o momento exato em que vai exprimir suas emoções, mas como controla-as.
Surge daí o processo de maturação e aprendizagem que o introduzirá uma série de mudanças na estimulação e na expressão emocional, garantindo ao indivíduo um bom desenvolvimento referente a essa expressão.
Autor: Claudinei de Paula, Professor Pedagogo...